Coivara, fogueira, queimada roceira Enxada na cova, berduega na beira Do mato a urtiga, na folha a formiga A chuva não chega, a seca nos tira Vontade de plantar e colher E nem água pra beber Vontade de plantar e colher E nem água pra beber No ombro o bornal, açúcar e sal Feijão e farinha, cristal na lapinha O tempo nos rouba, a água salobra Algodão, nenhum arroba, de fruta, só pinha Juazeiro ainda está verde E essa gente é feliz Vai matando sua sede Grudado na sua raiz Se eu fosse água Do velho Chico inundaria essa terra Então faria outro tipo de guerra Sem fome, só de fartura Mas eu não sou água E nem sou rico pra poder fazer O velho Chico escorrer Nesse chão rachado nessa terra dura Nessa seca verde mora um povo nobre Morrendo de sede nessa guerra pobre Nessa seca verde mora um povo nobre Morrendo de sede nessa guerra pobre Se eu fosse água Do velho Chico inundaria essa terra Então faria outro tipo de guerra Sem fome, só de fartura Mas eu não sou água E nem sou rico pra poder fazer O velho Chico escorrer Nesse chão rachado nessa terra dura Nessa seca verde mora um povo nobre Morrendo de sede nessa guerra pobre Nessa seca verde mora um povo nobre Morrendo de sede nessa guerra pobre Nessa seca verde mora um povo nobre Morrendo de sede nessa guerra pobre Nessa seca verde mora um povo nobre Morrendo de sede nessa guerra pobre Nessa seca verde mora um povo nobre Morrendo de sede nessa guerra pobre Nessa seca verde mora um povo nobre Morrendo de sede nessa guerra pobre